O sonho de ter os filhos participando de uma transformação positiva do mundo levou um grupo de famílias brasileiras residentes nos Estados Unidos a começar um esforço integrado de ensinar português e cultura brasileira para crianças.

Primeiro foi uma iniciativa dentro do grupo Mães Brasileiras da Virginia (MBV), em setembro de 2005, com encontros semanais para crianças em idade pré-escolar. Depois, foram aulas de português para crianças em idade de alfabetização, a partir de março de 2007. Ambas etapas contaram com várias mães do grupo que se dedicaram voluntariamente para que nossos filhos e filhas valorizassem sua herança cultural e identidade brasileira, e continuassem aprendendo a Língua Portuguesa fora do Brasil.

No início de 2009, nosso grupo já havia se expandido e incluía diversas turmas de alunos de diferentes idades. O crescimento trouxe desafios administrativos e logísticos. Trabalhamos muito para encontrar professoras, ampliar a oferta de material didático, encontrar um local com salas de aulas adequadas e perdemos oportunidades por não sermos uma instituição formal.

Dessa necessidade de profissionalização e formalização do projeto, vinha se fortalecendo a ideia de que devíamos formar uma entidade que pudesse abraçar a demanda que nossas crianças, famílias e professoras vinham apresentando.

E o que, no princípio era um sonho, tornou-se uma meta. Como resultado de tudo isso, em 2009 nasceu a ABRACE, Associação Brasileira de Cultura e Educação, uma organização sem fins lucrativos 501 (c)(3), sob a liderança de três mães: Ana Lúcia Lico, Aline Mota e Leila Zurba Ribeiro.

Hoje, muitas outras mães, pais, profissionais e prestadores de serviços estão envolvidos. O programa de ensino de português como língua de herança conta com cerca de 100 alunos e a ABRACE desenvolve outras atividades, como feira cultural anual, biblioteca e palestras sobre assuntos relevantes à comunidade brasileira residente no exterior. Todas as nossas atividades têm como objetivo ligar o Brasil e os Estados Unidos para formar comunidades fortes, participativas e que tenham orgulho de suas raízes.